Economista brasileira: Economia chinesa é resiliente a crises externas
Acredito que tão logo a epidemia causada pelo coronavírus tenha sido superada, tanto na China como no resto do mundo, haverá boas expectativas para a retomada do crescimento nas relações de comércio e investimento sino-brasileiras, na base de vantagens recíprocas, parcerias reforçadas e no respeito mútuo entre os dois países de dimensão continental.”
Por fim, Maia ainda compartilhou sua opinião sobre o crescimento econômico global neste ano.
“Acompanhamos com cautela os relatórios de análise conjuntural de consultores de bancos e de organismos internacionais sobre os impactos esperados na eventual propagação do coronavírus pelo mundo. Acredito que as reações dos agentes de mercados financeiros no curto prazo sejam um pouco exageradas ao antecipar sempre o pior nos cenários de riscos que elaboram e divulgam. Penso que, já nas próximas cinco a seis semanas, a situação se normalize e que a retomada dos negócios da China com seus parceiros econômicos via cadeias produtivas globais se concretize, de modo a restabelecer os fluxos de transações de comércio e suprimentos.
De todo modo, acho que a economia global deverá se retrair em 2020, abaixo do patamar de 3% previsto pelo FMI, mas não em níveis tão baixos como os aventados pela OCDE, de apenas 1,5%. Superado o acidente de percurso da epidemia causada pelo coronavírus e das tensões comerciais entre a China e os EUA, acredito que a economia global deverá se recuperar em 2021 e retomar sua trajetória de crescimento de longo prazo.”