Português

Futebol faz alunos brasileiros apaixonar a cultura chinesa

criPublished: 2017-08-11 15:30:47
Share
Share this with Close
Messenger Pinterest LinkedIn

Em meados de setembro, as escolas da província de Hebei recebeu um grupo de convidados provenientes do Colégio Estadual de Matemática Joaquim Gomes de Souza Intercultural Brasil-China. A maioria destes são membros da equipe de futebol da escola. Durante a visita de apenas duas semanas, eles jogaram com os estudantes chineses, além de fazer intercâmbios culturais.

O Colégio, fundado em 2015, fica na cidade de Niterói do Estado do Rio de Janeiro, é um ponto piloto de ensino estabelecido pelo Instituto Confúcio PUC-Rio. Trata-se de uma tentativa completamente nova e a primeiro no Brasil.

Desde 2013, Instituto Confúcio PUC-Rio começou a contatar com o governo estadual do Rio de Janeiro, procurando a possibilidade de estabelecer uma escola intercultural ou bilíngue. No início, o governo autorizou o estabelecimento de uma turma piloto em uma escola profissionalizante. Devido ao bom efeito, o governo estadual decidiu fundar uma escola do gênero. Qiao Jianzhen, diretora chinesa do Instituto Confúcio PUC-Rio, é responsável pela preparação do estabelecimento da escola. Ela espera que a escola sirva como uma ponte para os intercâmbios entre os jovens chineses e brasileiros. Porém, ela está ciente da dificuldade e processo duradouro dele.

"De fato, espero que este projeto possa estabelecer uma plataforma entre a China e o Brasil. Estas crianças serão nova geração em diversos setores. Acho que é um projeto de longo prazo que poderá durar 30 ou 40 anos."

O estabelecimento do Colégio Estadual Matemática Joaquim Gomes de Souza Intercultural Brasil-China provocou grande repercussão. Muitos alunos brasileiros tinham primeiro contato com a cultura e língua chinesas. Como a escola é pública, muitas crianças das familiares carentes também recebem educação nesta escola. Para ativar o interesse dos alunos brasileiros com a cultura chinesa, a escola escolheu futebol como ferramenta.

Com isso, Pang Xupeng, graduado do curso de mestrado de esporte da Universidade Normal de Hebei, começou a trabalhar na escola desde março deste ano. O futebol pode incentivar o interesse dos alunos brasileiros, porém, no Brasil, país conhecido como reino do futebol, é muito difícil mandar um técnico chinês para dirigir um time brasileiro. Pang disse:

"Encontrei tantas dificuldades. Quando comecei a trabalhar na escola, consegui a formação do time de futebol em abril, o que era um processo relativamente fácil. Contudo, quando Qiao me apresentou aos alunos e disse que eu seria o técnico, todos os alunos me olharam de uma maneira estranha. Porque eles são brasileiros, como é que um técnico chinês os pode treinar?"

Perante os alunos brasileiros que vivem sempre num estilo livre, Pang se esforçou pela adaptação è equipe e exerceu gradualmente transformações nesta equipa. A atitude minuciosa e a diligência conquistou o respeito dos alunos que se tornaram cada vez mais disciplinados.

A escola implementou uma regra, segundo a qual, o aluno que quiser jogar futebol tem que ter boa avaliação nos estudos. Qiao disse que alguns alunos que não eram bons estudantes, mudaram as suas atitudes com o estudo, por quererem jogar futebol nesta equipe. O capitão do time, Guilherme é um deles. Ele disse que a escola mudou a trajetória da sua vida.

"No começo, eu não achei que poderia ser o que é hoje. Foi enfim uma mudança radial na minha vida, na perspectiva de querer algo maior, para a minha vida, mais para frente, para a carreira profissional. Diz alguém que são poucos os chineses que têm esta oportunidade. Estamos agradecidos por essa oportunidade. Isso tudo nos motivou muito e tem mudado totalmente a minha forma de pensar no mundo, e na minha carreira daqui para frente. A escola mudou sim, mudou muito a minha perspectiva de vida."

Além de Guilherme, também há muitos alunos cuja trajetória da vida foi alterada devido à escola. Qiao disse que há um aluno que sofre de depressão não conversou com ninguém ao entrar na escola. Ao estudar por certo tempo e com a preocupação dos professores, ele começou a conversar com outros alunos. Apesar de não querer jogar futebol, Qiao decidiu trazê-lo para a China. O cuidado minucioso dos professores e o bom efeito do ensino satisfazem muito os pais.

Com o crescimento da fama da escola, o número dos estudantes aumentou bastante. Para elevar a qualidade pedagógica, a escola decidiu organizar atividades de intercâmbios culturais, com o fim de dar oportunidade aos alunos ao experimentar pessoalmente a cultura chinesa. A visita deste grupo dos alunos brasileiros é uma delas. Além de jogar futebol, os alunos ainda tinham a oportunidade de visitar várias escolas chinesas, tendo um conhecimento direto com a situação da educação da China.

"Organizamos visita às escolas primárias e secundárias e universidades. Esperamos que eles conheçam o sistema de ensino da China e o modelo de funcionamento de nossas escolas. Agora, acho que todos eles têm o desejo de estudar na China. Organizamos visitas diferentes com o objetivo de dar mais escolhas aos alunos."

Qiao disse que no futuro, a escola vai continuar as atividades do gênero. Além da equipe de futebol, a escola ainda possui uma equipe do tai chi chuan que poderá visitar a China no ano que vem. Ela espera que o colégio possa levar a cultura e o meio de educação da China para o Brasil, para que as duas culturas possam interagir uma com a outra.

Share this story on

Messenger Pinterest LinkedIn