Wang Yi e Blinken se reúnem após reunião do G20

O conselheiro de Estado e chanceler chinês, Wang Yi, se reuniu neste sábado (9) com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, após a reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20, realizada em Bali, na Indonésia. Ambos os lados tiveram uma comunicação completa, profunda e sincera. Eles afirmaram que este diálogo foi substancial e construtivo e ajudou a aumentar o entendimento mútuo, acumulando condições para os contatos bilaterais de alto nível do futuro.

Wang Yi afirmou que, atualmente, as relações sino-americanas ainda não saíram dos apuros criados pelo governo anterior dos EUA, e estão enfrentando cada vez mais desafios. A razão fundamental é que a parte estadunidense mantém uma percepção errada sobre a China, por isso suas políticas elaboradas se desviaram do caminho correto.

A solução essencial para resolver os problemas das relações bilaterais é implementar positivamente os consensos alcançados entre os chefes de Estado dos dois países. A parte chinesa sempre adere aos três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação de benefício recíproco, propostos pelo presidente Xi Jinping. Por sua vez, os EUA também devem cumprir suas promessas.

A parte norte-americana precisa respeitar o caminho do socialismo com características chinesas escolhido pelo povo chinês, parar de difamar e atacar o sistema político e as políticas domésticas e diplomáticas, enquanto abandona a mentalidade de Guerra Fria, não se envolve em jogos de soma zero e não distorce o princípio de “uma só China”. É necessário respeitar a soberania e a integridade territorial da China e parar de interferir nos assuntos internos chineses. Além disso, os EUA também devem cancelar imediatamente as tarifas adicionais impostas à China e suspender as sanções unilaterais às empresas chinesas.

Wang Yi enfatizou que é importante controlar de maneira adequada as contradições e divergências e resolver os problemas destacados. Por isso, a parte chinesa listou quatro pontos sobre os EUA, incluindo a correção de erros nas políticas e ações relativas à China, os projetos importantes e as leis relacionadas à China, além da cooperação entre os dois países em oito áreas.

Wang Yi pediu aos EUA que se mantenham cautelosos na hora de se expressarem e agirem sobre a questão de Taiwan e que não transmitam um sinal equivocado para a força, indicando apoio à independência da ilha. O chanceler chinês também refutou as observações erradas dos EUA quanto às questões marítima, de Xinjiang e Hong Kong.

Blinken, por sua vez, declarou que os EUA não buscam uma “nova Guerra Fria” sobre a China, nem mudam o sistema político chinês ou desafiam a posição de liderança do Partido Comunista da China. A parte norte-americana não tem a intenção de conter a China e não vai apoiar a independência de Taiwan. Os EUA se dedicam ao controle dos fatores de risco nas relações bilaterais e mantêm uma atitude aberta para desenvolver cooperações com a China.

Tradução: Zhao Yan

Revisão: Gabriela Nascimento