China e Brasil realizam 3º diálogo estratégico abrangente a nível ministerial
A China e o Brasil manifestaram ontem (25) o interesse de fortalecer e aprofundar as relações bilaterais em vários ramos, com destaque para o setor da agricultura e economia, a fim de garantir benefício e desenvolvimento mútuo.
O desejo foi manifestado durante o diálogo estratégico abrangente que teve lugar em Brasília entre o chanceler chinês,WangYi, e o seu homólogo brasileiro, Ernesto Araújo.
No encontro, o chanceler chinês expressou ainda o desejo de aprofundar a cooperação nos setores da eletricidade, mineração e construção de infra-estrutura, além de transformar a inovação tecnológica e a economia digital em novos pontos de crescimento.
SegundoWangYi, os dois países são economias emergentes e as mais representativas no hemisfério oriental e ocidental, com relações pacíficas sem confrontos históricos, ou atuais, e que possuem grande complementaridade e potencial de cooperação.
WangYidestacou que a China sempre coloca as relaçõessino-brasileirasem uma posição importante e está disposta a aproveitar o 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas para promover as relações ao nível mais alto entre os dois Estados.
A iniciativa, de acordo com o chanceler chinês, visa garantir que as partes se tornem num modelo de solidariedade e cooperação entre as economias emergentes, assim como uma força estabilizadora para a paz e o desenvolvimento mundiais.
WangYienfatizou que na próxima etapa, a China e o Brasil devem fortalecer o intercâmbio de alto nível, aprofundar a confiança política e garantirapoiomutúo nos assuntos de interesses vitais ou de grande relevância para um dos lados.
China manifestou interesse de cooperar de forma a garantir uma conectividade com o Brasil no âmbito da iniciativa “Cinturão e Rota”, assim como no “Programa de Parcerias de Investimentos”.
“A China presta atenção aoestatuse função importante do Brasil na América Latina e quer se tornar, juntamente com o Brasil, as forças motoras da cooperaçãoChina-AméricaLatina.”
WangYisalientou ainda que os dois países devem defender o multilateralismo, a ordem internacional e o sistema comercial multilateral. Além disso, a China vai apoiar totalmente o Brasil para acolher o encontro dos líderes dosBricsno corrente ano, disseWangYi.
Segundo Ernesto Araújo, o Brasil presta muita atenção à parceria estratégica global com a China. O presidente brasileiro, JairBolsonaro, pretende visitar a China em outubro.
Depois da visita do presidente brasileiro à China, em novembro espera-se que o presidente chinês,XiJinping, compareça à reunião dosBrics.
Ernesto Araújo afirmou que seu país está disposto a fortalecer a cooperação nos campos de agricultura, economia e comércio, economia digital, construção de infra-estrutura e anticorrupção, e estreitar o intercâmbio da cultura, educação e turismo.
“O Brasil defende o multilateralismo e o livre comércio, a construção de uma economia mundial aberta e a integração regional”, disse ele.
Tradução: Nina Niu
Edição: Hilário Taimo