Representante chinês no Conselho de Direitos Humanos exorta que EUA foquem na resolução do próprio problema da pobreza

O Conselho de Direitos Humanos da ONU realizou nesta segunda-feira (27) o diálogo com o relator especial sobre pobreza extrema. Na ocasião, o representante chinês em Genebra apontou que a epidemia de Covid revelou o problema da pobreza existente nos Estados Unidos há muito tempo, exortando que Washington foque na resolução da própria questão social.

O diplomata chinês assinalou que a seguridade social assume um papel de suma importância para garantir e melhorar a vida da população, manter a equidade social e aumentar o bem-estar das pessoas. Ele lembrou que a China conseguiu alcançar a meta de construir uma sociedade de prosperidade modesta e resolveu historicamente o problema da pobreza absoluta, elevando significativamente o padrão de vida da população retirada da pobreza.

“Agora, a China possui o maior sistema de previdência social do mundo, envolvendo aposentadoria, garantia médica, assistência social e outros seguros e abrangendo tanto residentes urbanos quanto rurais”, apresentou o representante chinês. O diplomata detalhou ainda que o número de titulares do cartão de previdência social em todo o país chegou a 1,352 bilhões. O estabelecimento do sistema de garantia mínima da vida fortaleceu a assistência social para as famílias extremamente pobres e de baixa renda, de modo a garantir sua subsistência básica e permitir que as pessoas compartilhem os frutos da reforma e do desenvolvimento.

Ao mesmo tempo, o representante da China chamou atenção que a pandemia de Covid expôs os problemas da pobreza e da desigualdade nos Estados Unidos e em outros países ocidentais. “Há uma desigualdade sistêmica na previdência social dos EUA, com quase 30 milhões de pessoas sem qualquer tipo de seguro médico, o que faz muitos norte-americanos desistirem do tratamento por causa dos altos custos médicos”, recordou. Ele citou que os EUA tem 40 milhões de pobres, indicando sua disparidade entre ricos e pobres. No entanto, “o governo norte-americano não tem vontade política para resolver tais problemas”, realçou o diplomata chinês, pedindo que Washington se concentre na solução das próprias questões da pobreza e defenda seriamente os direitos dos grupos pobres à subsistência, desenvolvimento e igualdade de acesso à seguridade social.

Tradução: Isabel Shi

Revisão: Diego Goulart